sábado, 25 de janeiro de 2014

Percursos e subjetividades em 'Tempo de Agonia'

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Ângela Beatriz de Carvalho Faria*




O passado é sempre conflituoso. A ele se referem, em
concorrência, a memória e a história, porque nem
sempre a história consegue acreditar na memória, e a
memória desconfia de uma reconstituição que não
coloque em seu centro os direitos da lembrança (direitos
de vida, de justiça, de subjetividade).

Beatriz Sarlo1
* UFRJ.

Em Percursos (do luachimo ao luena), de Wanda Ramos (1980) e Corpo colonial, de Juana Ruas (1981), olhares pré-inaugurais tornam-se cognoscentes e revelam sujeitos em processo de reconfiguração identitária, no período de ocupação das colônias portuguesas ultramarinas, respectivamente, em África (Angola) e Ásia (Timor). Ao sugerirem uma outra ordem cultural do Império português que ruía, os relatos identitários fazem emergir vozes silenciadas e o espaço do imaginário e da reflexão – impensável pela censura salazarista na época referida. A textura do vivido, em condições extremas e excepcionais, leva-nos a questionar até que ponto, ao proceder à representação de seu percurso existencial, o “eu textual põe em cena um eu ausente, e cobre seu rosto com essa máscara”. “Como na “ficção em 1ª pessoa, tudo o que uma “autobiografia” consegue mostrar é a estrutura especular em que alguém, que se diz “eu”, toma-se como objeto”(ii). Implícita a esta questão, encontra-se a crítica à subjetividade e à representação, uma vez que todo relato  autobiográfico se desenvolve buscando persuadir, como já nos apontavam Paul de Man(iii) e Derrida(iv). Este viés crítico, por sua vez, insinua que “o sujeito que fala é uma máscara ou uma assinatura, ao não pretender “ser sujeito verdadeiro do seu verdadeiro relato”(v). Partindo-se desse princípio, constata-se que as operações táticas da memória revestem-se de esquecimentos, lembranças, omissões, persuasão, seleção de fatos ou detalhes, passíveis de trazer o passado fantasmático e traumático para a cena do presente.

Homenagem a Jorge Amado

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Artigo de Salgado Maranhão.



A exuberante presença do romancista Jorge Amado no panorama da literatura brasileira do sec. XX, trouxe um enorme contributo ao âmbito da linguagem e do debate de questões raciais até então sublimadas.

O arejamento instaurado a partir da Semana de Arte Moderna, em 1922, encheu o Brasil de entusiasmo criativo, especialmente o Nordeste, que elencaria na década seguinte, a mais importante linhagem de ficcionistas brasileiros.

Em torno da poética do brasileiro Salgado Maranhão

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Publicado originalmente no Jornal Angolano de Artes e Letras 'Cultura' n° 13



[ Palavras que sagram ideias ]


"Sigo a sangrar, do peito ao vão das unhas,/
os dardos do amor: o que há sido e o que há."

O nosso investimento cultural une gesto e interlocução entre a leitura e a poesia, e o seu desdobramento na ideia de valor estético conforme perceptível a partir da obra do poeta brasileiro Salgado Maranhão. Esse espaço poético ocupa, na poesia contemporânea, especial relevo, mesmo anteas experiências literárias mais originais, perturbadoras e apaixonantes. O poeta Salgado Maranhão é o poeta da acção, o poeta das linhas sem retoques, indiferente a qualquer tipo de passividade. A dimensão do grito que ressoa do seu labor estético é resultante de uma contradição harmoniosa interna entre os opostos, os seus versos ganham unidade dual dos contrários que se complementam, que nos fazem compreender o seu compromisso com os haveres humanos e sua aposta na imperfeição da realidade. Pois, o poeta extrai a sua expressão poética da autenticidade da vida e a sua voz ecoa como a totalidade de um calar verdadeiro.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Recordações da Casa Amarela

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Relâmpago, nº 3, 1998, pp. 37-57

RECORDAÇÕES DA CASA AMARELA
A Poesia de Ana Luísa Amaral (i)


Por Osvaldo Silvestre

Há alguns anos atrás lamentava-se Adília Lopes, com a sua candura à prova de bala, por não ter tido ainda uma recensão de Joaquim Manuel Magalhães. Sendo a sua poesia o que é, e oferecendo-se cada vez mais como albergue espanhol de contos infantis em releitura politicamente incorrecta, é de crer que Adília continuará a ter razões para se lamentar na próxima década.

Psicanálise e Literatura: amor, desejo e gozo

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Entrevista com Nadia Paulo Ferreira por William Amorim

William Amorim (WA), psicanalista, professor, mestre (DAL/IFMA), membro da Academia Itapecuruense de Ciencias Letras e Artes/AICLA.


Nadiá Paulo Ferreira (NPF), psicanalista (Corpo Freudiano Escola de Psicanálise sessão Rio de Janeiro), professora titular de Literatura Portuguesa, professora dos programas de Pós-graduação em Teoria e Clinica Psicanalítica (UERJ), com vários livros e artigos publicados.


Psicanálise e Literatura: amor, desejo e gozo



WA: Por que a psicanálise se interessa tanto pela literatura? Qual a relação entre esses dois campos?

NPF: Freud, a partir de sua clínica, descobre o inconsciente e funda a psicanálise, inaugurando um campo teórico que permite pensar o homem e o seu estar no mundo. Os escritores sempre souberam que o amor, o desejo e o gozo escapavam ao domínio da razão. E, justamente por isto, usaram a imaginação para escrever poesias e contar histórias, com as quais os leitores se identificavam, usufruindo intenso prazer com essa identificação. O brincar infantil e a criação poética, tal qual o sonho, são tecidos pela fantasia, que, para Freud, é a via pela qual se realiza o desejo. Os psicanalistas deveriam ler os grandes escritores, porque a literatura, como escrita tecida pela fantasia, encena o que se gostaria de ser, de dizer e de esquecer; as promessas de um sonho de amor; as tristezas de amores infelizes; os desejos adormecidos e inconfessados; os fantasmas que causam horror. Enfim, uma multiplicidade de facetas que marcam o limite trágico e cômico da existência do homem no mundo.


WA: Como a senhora definiria os lugares do leitor e do psicanalista na interpretação?

NPF: O leitor e o analisando se histericizam. Para Jacques Lacan, histericizar é sinônimo de começar a falar. O analisando fala qualquer coisa para que faça falar o seu sintoma. Se o leitor, afetado por um texto, falar o que lhe vier a cabeça, isto não é uma interpretação, mas um delírio. Diante de um texto, o leitor fala de sua tecedura com a palavra a partir do seu sintoma. O psicanalista, diferente do leitor e do analisando, em vez de falar, escuta. É preciso a suspensão do ser para ocupar o lugar de analista, o qual que é sustentado pela ética da psicanálise, que é o desejo do analista: desejo de que haja desejo, desejo de emergir a singularidade de um sujeito. Desse lugar nasce a interpretação, que tem como visada a desconstrução dos sentidos coagulados, a fim de que novas associações sejam produzidas, libertando os grilhões de uma fala amordaçada, o que faz com que caia o sintoma.

WA: A sua palestra na Academia Maranhense de Letras intitula-se O amor que ama o amor na poesia medieval. Qual a concepção de amor que sustentava a literatura desse período e o que mudou de lá para os dias atuais?

NPF: No sul da França, aproximadamente em fins do século XI, em língua D’oc, é inventado pelos trovadores o amor que ama o amor. Este amor nasceu de uma inspiração ordenada por um conjunto de regras, que constituíam as formas fixas de uma poesia (Cantiga de Amor) associada à música, ao canto e às Leys d' Amor. Quem não conseguiu compreender o fenômeno do amor cortês, considerou-o expressão de um fingimento ou de uma impostura. Independente do julgamento estético, não há dúvida de que o amor cortês se originou de uma construção, contendo tudo o que de artifício é necessário para a invenção de um objeto. Trata-se de um amor, que se inscreve no regime da privação: amar tem como condição sine qua non não ser amado, não alimentar nenhuma esperança, apenas sofrer e enlouquecer de dor. A Dama, como objeto inatingível, encarna uma crueldade desumana, já que Ela, em vez de sentir compaixão, se mostra absolutamente indiferente ao sofrimento do amante. Lacan, referindo-se ao amor cortês, no Seminário 20, Mais, ainda, afirma que o amor cortês foi inventado para vir em suplência ao impossível de dois se fazer Um.

WA: Como a crítica psicanalítica pode iluminar o texto literário? Dito de outro modo: qual a contribuição da psicanálise para a leitura do texto literário?

NPF: Os escritores sabem o que a psicanálise nos ensina: é impossível decifrar os enigmas do ser, da vida, da morte e dizer toda a verdade. Assim, quem ilumina a psicanálise é a literatura.

WA: Na programação do seu Seminário há uma referência a obra O Mestre, da escritora portuguesa contemporânea Ana Hatherly. Em que aspectos essa obra inscreve o amor de modo diferente nos romances do século XIX, por exemplo?

NPF: Em um clima de intolerância política e de falta de liberdade, imposta pela ditadura salazarista, Ana Hatherly estréia na literatura, com a publicação de três livros de poesia: Um Ritmo Perdido (1958), As Aparências (1959) e A Dama e o Cavaleiro (1960). No final dos anos sessenta, concomitante à carreira de escritora, lança-se como artista plástica, participando de uma série de exposições individuais e coletivas. A partir de 1970, realiza e produz uma série de filmes de curtas metragens e um vídeo. O Mestre (1960), único romance, é escrito, segundo depoimento dado pela autora no posfácio da terceira edição, em uma fase de mudança, levando-a ao corte com a sua produção anterior e à adesão ao Experimentalismo. Essa novela, como prefere chamar a autora, se inscreve de forma original na trajetória do mito do amor na literatura portuguesa. A conjugação entre amor e saber, coloca em cena o que Freud nomeou de amor de transferência. O saber, como condição do amor, é o caminho para a descoberta da Felicidade. É lógico que essa busca, que coloca em cena dois personagens, a Discípula e o Mestre, só pode resultar no trágico.

WAQuais os livros, de sua autoria, estarão disponíveis para o público na noite de autógrafos? Obrigado pela entrevista.

NPF: Amor, ódio e ignorância, publicado pela Contra Capa e A teoria do amor, publicado pela Zahar.

Entrevista publicada em O Estado do Maranhão- São Luís, 10 de maio de 2013, sexta-feira, Caderno Alternativo, p. 5. a propósito da realização do Seminário Psicanálise e Literatura, realizado na Academia Maranhense de Letras, em parceria com a IFMA e com o Corpo Freudiano Escola de Psicanálise Seção São Luís.


Créditos da imagem: Olhares.com
...desejo-te, por Carla Salgueiro


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

“Nós em miúdos” de Hercília Fernades

Viagens colíricas, por Alessandra Cantero        

Viagens colíricas é um jeito que encontrei de compartilhar as marcas, comoções, impressões que a poesia contemporânea me infringe. Assim, escolherei uns poemas de alguns autores para partilhar com vocês numa roda de amigos, à base de muita cafeína,  claro.

Versos Inversos : A Poesia Quase Toda de Ana Luísa Amaral

Maria Irene Ramalho (Colóquio-Letras,) n.º 177, Maio 2011, p. 191-199.



Comentando o convite enviado pela Dom Quixote para este lançamento, o qual anunciava solenemente, “apresenta a obra Maria Irene Ramalho”, a poeta Ana Luísa Amaral mostrou-se um pouco embaraçada. “Obra”, desabafava ela, “obra têm os grandes poetas, como Herberto Hélder; eu não tenho obra.” Ainda não, queria ela dizer. Enganava-se, claro. Inversos é obra, e de respeito. É claro que não custa imaginar, daqui a vinte anos, mais um título de Poesia reunida de ALA. Mas mesmo que se pudesse considerar prematuro este volume de Inversos , bem como a anterior colectânea abarcante, Poesia reunida (2005), a verdade é que a poeta se foi impondo pelo trabalho de artesania a que costuma sujeitar a subtil limpidez das suas palavras e das suas construções poéticas. Quando em 1925 apareceu uma edição dos Collected Poems da poeta americana H. D., tinha a poeta 39 anos, toda a gente pensou que estavam os carros a ser postos à frente dos bois, por aparecer demasiado cedo na vida da poeta essa publicação (Helen in Egypt, a epopeia da consciência moderna de H. D., só apareceria em 1960, um ano antes da morte da poeta). Mas outro grande poeta do modernismo americano, William Carlos Williams, não se coibiu de escrever uma recensão entusiástica dessa obra coligida por assim dizer antes do tempo. E Ezra Pound, esse poderoso árbitro da poesia modernista, deixou claro que, em seu entender, H. D. era a melhor poeta americana depois de Emily Dickinson. Queria ele dizer poetisa, evidentemente. A diferença sexual tinha, e continua a ter, muito peso.

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